Relatório Startup Nations Standards: A Europa atinge um nível de implementação de 55% das Normas de Excelência que a colocariam na vanguarda mundial da inovação e do empreendedorismo
O relatório “Startup Nations Standard”, publicado hoje pela ESNA, revela que a digitalização está bem encaminhada em toda a Europa, com a maioria dos países a adotar as melhores práticas em matéria de serviços digitais e inovações regulamentares para as empresas em fase de arranque, mas aponta lacunas na inclusão social. Sublinha também a necessidade de melhores programas de vistos e de diversificação do financiamento para reforçar o ecossistema das startups.
A ESNA lança hoje o muito aguardado Relatório de Padrões da Nação Startup 2023. Este documento mapeia o progresso e o potencial do ecossistema de startups da Europa, lançando luz sobre o desempenho de oito padrões, conhecidos como Startup Nations Standards, em 21 países participantes. O relatório sublinha a necessidade crítica de políticas adaptativas para promover a inovação e o empreendedorismo.
Ideias-chave
A criação rápida de start-ups é eficaz: É possível criar uma empresa num dia em 33% dos países da UE inquiridos e, em 57% deles, com menos de 100 euros.
A digitalização está em curso: Um avanço significativo nos serviços digitais adaptados às empresas marca uma tendência positiva.
Apelo à inclusão: Com a inclusão social identificada como o padrão de desempenho mais baixo, o relatório da ESNA revela uma lacuna crítica no ecossistema.
Mecanismos regulamentares inovadores: 52% dos países implementaram “sandboxes” regulamentares. Aumentar a participação das startups é crucial para promover um ambiente verdadeiramente criativo.
Atração e retenção de talentos: O relatório apela a um maior investimento em programas de vistos e a regimes de opções de compra de acções mais atractivos para garantir o talento tecnológico essencial para o crescimento e a competitividade. 24% dos países demonstram a existência de programas para atrair talentos tecnológicos da UE de volta à região.
Financiamento: A mudança de foco para opções de financiamento indireto poderia alavancar o investimento privado de forma mais eficaz, com apenas 33% dos países a promoverem atualmente capital diversificado para co-investimento em startups.
A digitalização surge como um ponto forte do panorama europeu das startups, com muitos países a oferecerem serviços digitais personalizados às empresas, o que realça a transformação digital em curso.
O relatório revela informações essenciais, nomeadamente a necessidade de melhorar a inclusão social no ecossistema das startups. Apenas 25% dos países têm incentivos específicos para que as startups empreguem uma força de trabalho diversificada, sendo necessários esforços significativos para elevar este padrão.
Os quadros regulamentares, como as “sandboxes” regulamentares, são identificados como essenciais para promover a inovação. No entanto, a participação das empresas em fase de arranque nestes quadros tem de ser maior, o que sublinha a necessidade de uma abordagem mais inclusiva.
O relatório sublinha a importância de atrair talentos tecnológicos através de programas de vistos melhorados e de regimes de opções de compra de acções apelativos, promovendo a participação das empresas em fase de arranque nos processos de contratação pública.
Além disso, a necessidade de diversificar as opções de financiamento para alavancar o investimento privado e tornar as informações sobre a criação de empresas mais acessíveis e económicas são recomendações fundamentais para reforçar o ecossistema das startups.
Sobre o Relatório Startup Nations Standards
O Startup Nation Standards Report 2023 examina iniciativas e desafios no ecossistema de startups da Europa. Ele mapeia o progresso no sentido de promover um ambiente inovador e de apoio às startups, analisando a adoção de oito Padrões de Nação Startup (SNS) nos estados membros e avaliando seus esforços na implementação desses padrões.
Os oito padrões de excelência são: 1) Criação rápida de startups, entrada suave no mercado; 2) Atração e retenção de talentos; 3) Opções de compra de acções; 4) Inovação na regulamentação; 5) Inovação nos contratos públicos; 6) Inclusão social; 7) Acesso ao financiamento; 8) Digital First.
Abrange os seguintes 21 países: Áustria, Bélgica, Bulgária, Croácia, Chipre, Chéquia, Dinamarca, Estónia, França, Grécia, Irlanda, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Polónia, Portugal, Roménia, Eslováquia, Eslovénia, Espanha e Suécia.
O presente relatório informa os decisores políticos sobre os esforços necessários para manter a vantagem competitiva da Europa nos domínios da inovação e do empreendedorismo. Avalia a situação atual e traça o caminho a seguir, salientando a necessidade de políticas adaptativas e de melhores práticas partilhadas.
A ESNA convida as partes interessadas a aprofundar o relatório completo, acessível aqui www.esnalliance.eu/standards/, a refletir sobre as suas conclusões e a contribuir para o diálogo em curso que está a moldar o panorama inovador da Europa.
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